Entre o sacrifício e a responsabilidade: a verdade que o servidor não pode ignorar
Como servidor público de Minas Gerais, não estou satisfeito. Meu salário foi congelado por anos. As promoções legais que me cabiam foram suspensas. O governo exige sacrifício — e ele recai com mais força sobre a base do funcionalismo, não sobre os altos cargos ou estruturas privilegiadas. O governo Zema está longe de ser perfeito. Falta diálogo com quem está na ponta. Falta iniciativa mais firme no combate a privilégios. E falta, em muitos momentos, a sensibilidade para diferenciar desperdício de necessidade. Mas é preciso ser justo: Desde os anos 1990, nenhum governo estadual manteve o pagamento regular da dívida com a União. Minas assinou o refinanciamento em 1998 com uma dívida de R$ 14,6 bilhões e, com juros compostos e inadimplência sucessiva, chegou a mais de R$ 160 bilhões em 2024. Enquanto isso, governos passados ampliaram gastos com pessoal, criaram penduricalhos e comprometeram a arrecadação com renúncias fiscais irrespon...