Rolezinho do grau: orgulho nacional!
É raro o dia em que saio na rua e não encontro um motoqueiro iluminado — aquelas mentes superiores que abençoam o trânsito com suas manobras radicais, que desafiam as leis da física. Hora é um daqueles jovens de bom gosto: bermuda tactel, chinelo de dedo, empinando, gravando e postando orgulhosamente no TikTok; hora é um entregador de delivery chacoalhando nossos lanches noturnos (é por isso que a Coca-Cola espirra na hora que a gente abre). Ainda tem uma variação do primeiro: o jovem de bom gosto leva sua dama na garupa — aquelas com blusinha tomara que caia, barriga de fora e short que mal tem pano pra tampar um palmo abaixo da cintura. Até existem movimentos similares em outros países, mas nenhum com a mesma graciosidade do nosso grau nacional. Aqui, o grau não é só manobra — é manifestação artística, é filosofia de vida, é resistência cultural em duas rodas. E quem reclama? Inveja, claro. Inveja de não ter equilíbrio, nem moto, nem coragem de voar sobre o asfalto como um verda...